quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TPM e Atividade Física

Os períodos hormonais determinam o ritmo feminino na vida profissional e pessoal. E na atividade física não é diferente. Mas será que o treino na fase mais crítica, como a TPM, está permitido?

Entre os principais vilões da TPM estão os sintomas como mal-humor e dores nas pernas, abdômen e cabeça. “Deve-se atentar aos desconfortos que esse período causa. Nem sempre correr com esses sintomas é agradável”, disse o fisiologista Paulo Correia, graduado em educação física pela FEC (Universidade de São Caetano do Sul) e mestre em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).

Atenção ainda para o alongamento nos treinos feitos no período de TPM. Alongar sempre ajuda nesse período e é sugerido que a mulher aproveite essa fase do mês e dê mais ênfase para o alongamento antes e depois. Muitas mulheres quando estão na TPM e começam a se alongar antes do exercício principal já sentem diminuição das dores e outros incômodos.

Também não há nenhuma contra-indicação para os treinos durante o período menstrual, mas aquelas mulheres que costumam sofrer com a intensidade dos sintomas devem ficar mais atentas. O fisiologista explica que alguns medicamentos usados para amenizar as cólicas, por exemplo, podem aumentar o fluxo e, conseqüentemente, o desconforto da corredora. Nesta fase, o maior desconforto costuma ser o fluxo grande dos primeiros dias. Por isso, algumas mulheres preferem descansar nesse período.
Corra da TPM

Mulheres que sofrem de TPM não só podem, como devem correr regularmente. Isso porque a endorfina liberada com a prática regular de corrida pode ser uma aliada na hora de amenizar ou até extinguir os sintomas. A endorfina é conhecida como hormônio antiestresse, que atenua as dores bloqueando os sinais que vão para o sistema nervoso. Mas essa substância não vem de graça. Para ter sua liberação no organismo é preciso ter uma regularidade nos treinos.
Fonte: Site Médico

sábado, 22 de agosto de 2009

Esporte Adaptado

A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular. As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciando benefícios tanto na esfera física quanto psicológica:
• Melhoria e desenvolvimento de auto-estima, auto valorização e auto-imagem;
• O estímulo à independência e autonomia;
• A socialização com outros grupos;
• A experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações;
• A vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;
• A melhoria das condições orgânicas e funcionais (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
• Melhoria na força e resistência muscular global;
• Ganho de velocidade;
• Aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;
• Melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
• A possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;
• Prevenção de deficiências secundárias;
• Promover e encorajar o movimento;
• Motivação para atividades futuras;
• Manutenção e promoção da saúde e condição física;
• Desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária;
• Desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.
O ESPORTE ADAPTADO E AS MODALIDADES ESPORTIVAS:
As modalidades esportivas para os portadores de deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rúgbi, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol.
O esporte é um conteúdo da educação física, considerado fenômeno sociocultural que podemos utilizar para desenvolvimento individual ou coletivo, quando bem trabalhado. Notamos que para oferecer uma modalidade esportiva às Pessoas com necessidades especiais são necessários os conhecimentos dos conteúdos da educação física, as tecnologias relacionadas a essas pessoas (órteses, próteses, cirurgias de correção etc.) e adotar uma proposta metodológica coerente com os objetivos do grupo com o qual se trabalha.
A prática da atividade esportiva por pessoas com necessidades especiais, sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Joelho da Mulher


Hormônios, anatomia diferente e prática de esportes de impacto tornam o joelho da mulher mais vulnerável que o masculino.

Isso tudo, porém, ainda não justifica o número cada vez mais alto de mulheres reclamando das dores na articulação. Quem explica isso é o médico Fabiano Gonçalves Cunha, Ortopedista especialista em medicina esportiva e cirurgia de joelho do Hospital Santa Paula, em São Paulo: As mulheres tiveram uma mudança de perfil esportivo. Antes, praticavam modalidades de menor impacto e agora participam de modalidades de maior intensidade como a corrida de a rua, por exemplo e, aliás, de maneira bem mais competitiva, analisa.

Uma das estruturas que padecem nessas esportistas é o ligamento cruzado anterior, que serve de elo entre a tíbia e o fêmur. Há oito anos, 3% dos casos de problemas nesse ligamento diziam respeito às mulheres. Hoje elas já representam 10% dos pacientes, calcula Fabiano Gonçalves Cunha.
A saída para prevenir boa parte dos problemas é preparar o corpo especificamente a área do joelho antes de cair de cabeça em qualquer esporte. Não importa a modalidade, sempre é bom reforçar os membros inferiores praticando sessões de musculação intercaladas aos treinos, indica o especialista. Claro que, para isso, é fundamental contar com um bom preparador físico, acompanhado de uma equipe multidisciplinar.

Um aquecimento que simule os movimentos do esporte também é benéfico, deixando a articulação a postos. E, claro, os calçados podem fazer toda a diferença. Eles precisam de um bom sistema de amortecimento para absorver o impacto, minimizando o trabalho dos joelhos. O ideal é escolher um modelo específico para o esporte que será praticado. Isso evita pisadas erradas. Elas são capazes de castigar os tendões, ainda mais se houver exagero nos treinos.

Quando as lesões aparecem, a saída pode ser o bisturi. E vamos logo avisar: o processo de recuperação é lento. Para ter uma idéia, são necessários seis meses até que alguém com o ligamento cruzado anterior rompido possa voltar a se exercitar sem problemas. Além do mais, uma contusão grave como essa pode indicar que a pessoa tem uma predisposição para o incidente.
Paciência e fisioterapia, mais do que nunca, são fundamentais. Quem desiste e não se trata direito dificilmente volta aos esportes. E quem não pratica um esporte, por sua vez, pode ter dores de cabeça muito piores do que as dos problemas nos joelhos.
Fonte: RMidia

sábado, 8 de agosto de 2009

Corrida e Endorfina


Todo atleta já ouviu falar num suposto "barato" que corredores sentem. A maioria parece acreditar na tal "onda" e muitos dizem que já a sentiram. Segundo reportagem do jornal New York Times, um grupo de pesquisadores da Alemanha conseguiu comprovar a hipótese de que correr, pode dar sim, um "barato", uma "onda", ou em termos científicos: uma sensação de êxtase.
Algumas pessoas já contaram que se sentiram tão bem quando se exercitaram que foi como se tivessem ingerido drogas de alteração do humor. Mas, teria sido um sentimento real ou ilusão? E mesmo que tenha sido real, o que a sensação teria sido? O que a causou? Alguns dos que disseram ter sentido um "barato" de corredor contaram que era uma sensação incomum. Eles se sentiam relaxados ou em paz após se exercitarem, mas apenas ocasionalmente se sentiram eufóricos. Seria a tranquilidade em si o "barato" do corredor? Freqüentemente, aqueles que disseram que sentiram uma euforia intensa relataram que ela veio após um evento esportivo de resistência.
A hipótese do "barato" do corredor supõe que existem efeitos reais bioquímicos do exercício físico no cérebro. Substâncias químicas seriam lançadas que poderiam alterar o humor do atleta, e essas substãncias seriam endorfinas, comparáveis a drogas com ópio, só que naturais do cérebro. Correr não é a única maneira de ter esse sentimento; isso também poderia ocorrer com os exercícios mais intensos ou de resistência. O problema com a hipótese foi que não era possível checar a passagem de fluidos pelas vértebras antes e depois de alguém se exercitar para checar se houve uma descarga de endorfinas no cérebro.
Pesquisadores poderiam detectar endorfinas no sangue de pessoas após uma corrida, mas essas endorfinas seriam parte da resposta por stress do corpo e não poderiam ser carregadas do sangue para o cérebro. Mas, agora a tecnologia médica alcançou o conhecimento científico sobre exercícios físicos. Pesquisadores da Alemanha, graças aos avanços da neurociência, informaram no jornal Cerebral Cortex o que se desconfiava ser verdade: correr realmente descarrega endorfinas no cérebro. As endorfinas são associadas às mudanças de humor, e quanto mais endorfinas são liberadas do corpo de um corredor, maior é o efeito.
Cientistas que estudam a endorfina, que não tem relação com a pesquisa alemã, disseram que aceitam suas descobertas. "Impressionante", disse Solomon Snyder, professor de neurociência e descobridor da endorfina nos anos 70. Para atletas, o estudo oferece uma espécie de prova triunfal de que o "barato" do corredor não é só uma justificativa moderna para a "exigência" de se sentir bem após trabalho físico extenuante.
Para atletas e não-atletas, da mesma forma, os resultados abrem um novo capítulo na ciência da educação física. Eles mostram que é possível definir e mensurar o estado de êxtase de corredores e que deve ser possível descobrir o que o ativa. Esses esportistas podem aprender técnicas para cultivar uma sensação que faz com que malhar seja positivamente viciante.

domingo, 2 de agosto de 2009

Exercício Físico Adaptado

A atividade física para portadores de necessidades especiais, neste artigo relacionado a pessoas com síndrome de Down, é muito importante no processo de inclusão social, pois auxilia na socialização, na melhora o equilíbrio emocional e também ajuda prevenir doenças congênitas que por acaso venham a atingir estes indivíduos.
A promoção da prática pedagógica adaptada as diferenças individuais dentro das escolas do ensino regular deve ser constante, mas para que isso ocorra, são necessários métodos, procedimentos pedagógicos, materiais e equipamentos adaptados. O professor especializado deve valorizar as reações afetivas de seus alunos e estar atento o seu comportamento global, para solicitar recursos mais sofisticados como a revisão medica ou psicológica.
E outro fato de extrema importância na educação especial é o fato de que o professor deve considerar o aluno como uma pessoa inteligente, que tem vontades e afetividades e estas devem ser respeitadas, pois o aluno não é apenas um ser que aprende.
Um dos desafios para o momento é justamente a interação entre os vários profissionais que lidam com essa deficiência, pois o problema apresenta facetas que permeiam diferentes esferas do comportamento e níveis de análise do movimento humano.
Estudos mostram que pessoas com deficiências, notadamente os portadores da síndrome de Down, alguns tendem a se tornar sedentários, levando-os a desenvolverem problemas como obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides altos, hipertensão e doenças cardíacas.
O estudo lembra que os portadores desta síndrome têm tendência natural a uma compulsão alimentar, o que pode levar a uma alta do peso corporal, assim como uma pré-disposição à doenças do coração. Por isso, especialistas afirmam ser fundamental que os portadores da síndrome sejam estimulados desde criança à prática regular de alguma atividade física.
Os exercícios mais indicados para quem tem esta necessidade especial são a caminhada, a corrida, a natação, andar de bicicleta, a dança e outras atividades que a própria pessoa considere como algo saudável para o bem estar fisco e principalmente cognitivo. São atividades que podem ser feitas sem grandes dificuldades por estas pessoas e vão ajudar a uma melhora da condição corpórea, prevenindo doenças provocadas por uma vida sedentária e ajudando a melhorar a auto-estima e o equilíbrio emocional dos portadores da síndrome de Down.
A realização de atividades motoras deste aluno, além de exercer papel preponderantemente no seu desenvolvimento somático e funcional, estimula e desenvolve as suas funções psíquicas.
O maior desafio para os profissionais da Educação Física é facilitar o envolvimento de todas as pessoas, incluindo quem tem a Síndrome.Não há sombra de dúvida de que os indivíduos com Down respondem positivamente aos programas de atividade motora. Esses benefícios envolvem desde a sua aptidão física e saúde, até a própria qualidade da execução motora.
A atividade física, seja no âmbito escolar ou fora dele, deve ser considerado como um nível de grande importância para o desenvolvimento físico e mental dos deficientes e da conseqüente necessidade de exercícios, porém a princípio, fica necessário que o professor responsável destas aulas tenha conhecimento das atividades para que os alunos se interessem na prática de uma atividade física e esportiva, afinal, são seres humanos, e requer o mesmo respeito e consideração como todas as outras pessoas!