segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Disposição x Cansaço

Normalmente um repouso ou uma noite bem-dormida é suficiente para recarregar as energias e enfrentar um novo dia, mas nem sempre é assim. Algumas vezes, a mente está tão atribulada e o corpo tão exausto que, ao despertar após uma noite de sono, a falta de ânimo e o cansaço excessivo nos impedem de retomarmos a nossa rotina. Ou se retomamos, fazemos com pouca disposição.

Quando isso acontece, sentimos a necessidade de “afrouxar” o dia-a-dia e descartar alguns compromissos, para tentar recuperar a energia e dissipar a fadiga. E o engano que a maioria das pessoas comete é diminuir ou até mesmo extinguir as atividades físicas da rotina. De fato, praticar esportes sem ter ânimo é um grande desafio, e forçar nem sempre é uma saída saudável. Mas desistir do exercício não vai fazer com que a disposição retorne e o cansaço constante desapareça.

O mesmo ocorre quando iniciamos a prática de algum esporte. Começamos com todo o gás e, de repente, o cansaço e a preguiça nos estimulam a parar. Não desista. Essa exaustão inicial é apenas uma barreira que deve ser vencida. Se houver persistência, em poucos dias a preguiça dará lugar ao prazer e à euforia proporcionada pela endorfina, hormônio que, quando liberado pelo corpo, proporciona uma incrível sensação de bem-estar.

O cansaço excessivo não será eliminado com o fim da prática de esportes. Se a exaustão permanece mesmo após um bom descanso, algo está errado. De acordo com especialistas, vários fatores podem afetar o organismo e causar o desânimo, como grandes frustrações, noites mal-dormidas, déficit de nutrientes no corpo e doenças como diabetes e hipotireoidismo, que causam desequilíbrio nos hormônios. Por isso é importante investigar as causas para acabar de vez com o cansaço.

O primeiro passo é ir ao médico e fazer exames. Se for um problema físico, rapidamente será descoberto por um bom especialista. Aí é só seguir o tratamento recomendado para retomar a sua rotina com muita disposição e saúde.

Outra boa atitude é refletir. Tire um dia só para você. Passeie, descanse a mente, faça uma longa pausa em um lugar silencioso. Em que momentos o cansaço aparece? É possível que você faça as atividades certas nos horários errados. Somos diferentes, e o nosso organismo também. Algumas pessoas produzem melhor de manhã cedinho. Outras são mais eficientes à noite. Refletir sobre isso é a primeira etapa para descobrir qual é a melhor forma de encarar os desafios do dia-a-dia.

Além disso, faça um balanço da sua vida nos últimos tempos. Você tem momentos só seus? Faz o que gosta? Se sente realizado no trabalho? As frustrações que permeiam a rotina podem parecer facilmente superadas, mas às vezes o acúmulo de insatisfações e problemas mal resolvidos afeta a saúde psíquica e, conseqüentemente, o organismo.

Algumas outras rotinas, se adotadas com atenção, podem ajudar a tornar o cotidiano mais leve. Alimentar-se com refeições equilibradas, adquirir uma rotina de sono regular e acabar com maus hábitos, como fumar e ingerir bebidas alcoólicas com regularidade, são excelentes ações para manter a saúde em dia e o ânimo também.

E a mais importante de todas as atitudes: pratique com regularidade um esporte – caminhar, correr, nadar, freqüentar uma academia ou pedalar. Só tome cuidado com a empolgação inicial. O ideal é começar devagar para evitar que o desgaste desestimule o iniciante de tornar a atividade uma prática constante. Seguindo esses conselhos, o cansaço persistente dará lugar a uma deliciosa disposição.

domingo, 8 de novembro de 2009

Quando as dobrinhas das crianças são perigosas

Foi-se o tempo em que a aparência rechonchuda e as dobrinhas exageradas dos bebês despertavam simpatia e vendiam saúde. Nas últimas três décadas, a obesidade infantil triplicou no país, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Só entre 2003 e 2008, o número de crianças com menos de cinco anos com sobrepeso cresceu quase 50%, de acordo com dados do Ministério da Saúde. "Trata-se de uma tendência mundial, e o Brasil a está acompanhando. Se não forem tomadas medidas de saúde pública, a situação só vai piorar", afirma Roberto Costa, diretor-científico do Centro de Estudos Sanny e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

As medidas pedidas pelo especialista para enfrentar o problema começam dentro de casa. Os pais devem zelar pelo cardápio adequado. A má alimentação provoca não só problemas para o dia a dia das crianças como também pode antecipar em até 20 anos complicações de saúde da fase adulta. Os problemas mais comuns são dermatológicos, ortopédicos, respiratórios e principalmente cardiovasculares.

Segundo estudo citado pelo Manual de Obesidade na Infância e Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria, até 60% das meninas que sofriam de sobrepeso entre os cinco e os 12 anos se tornaram mulheres obesas entre os 30 e os 39. Por isso, atualmente os especialistas lutam para que a dieta das crianças gordinhas sofra alterações, com o objetivo de evitar alterações metabólicas e reduzir o risco de doenças futuras. "O diagnóstico precoce e a participação da família nesse processo são fundamentais", afirma Roseli Sarni, presidente do departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira da Pediatria.

Quando se preocupar - O momento mais propício para que a criança adquira hábitos alimentares perigosos ocorre após os dois anos de idade, quando ela começa a compartilhar das refeições da família. "É na fase pré-escolar que a criança passa a ter mais autonomia, a andar, comer sozinha e a se interessar por novas coisas: então, ela passa a desenvolver a seletividade e a rejeitar alguns alimentos", lembra Mauro Fisberg, pediatra e nutrólogo da Unifesp. "Por isso, um bom modelo familiar é fundamental, pois ele vai determinar o padrão de alimentação da criança".

Outro fator importante está ligado ao desenvolvimento. A partir dos dois anos, o ritmo de crescimento da criança diminui bastante. "Ela passa, então, a se alimentar em menor quantidade. As mães, no entanto, acham que ela não está crescendo adequadamente e passam a oferecer mais e mais alimentos", diz José Spolidoro, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE). Some-se a isso o fato de que é justamente nessa fase que o número de consultas ao pediatra diminui - uma vez que as doenças típicas dos dois primeiros anos desaparecem. Por isso, os especialistas recomendam duas visitas ao médico ao ano, para a prevenção da obesidade.

Fonte: Veja On Line

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Autoconfiança no Esporte


Conhecendo um pouco mais sobre este tema e ajudando a desenvolver a autoconfiança em atletas e esportistas

Autoconfiança é a crença de que se pode realizar com sucesso um comportamento desejado. Alto níveis de autoconfiança podem intensificar as emoções positivas, aumentar a concentração, estabelecer metas mais desafiadoras, aumentar o esforço e desenvolver estratégias competitivas efetivas.

Atletas confiantes acreditam em si próprios e nas capacidades e competências necessárias, tanto psicológicas como mentais para atingir seu potencial e suas metas. Atletas menos confiantes duvidam se são bons o suficiente ou se tem o que é necessário para serem bem-sucedidos.

Benefícios da Auto-confiança:

- Desperta emoções positivas – o atleta consegue por exemplo permanecer mais calmo sob pressão, pois sabe que “dará conta”, mantendo-se equilibrado e menos ansioso;

- Facilita a concentração – consegue se focar naquele momento decisivo.

Excesso e Falta de Autoconfiança

Falta de Autoconfiança

Muitas pessoas apresentam tudo aquilo que é necessário física e tecnicamente para serem bem sucedidas em suas modalidades esportivas, contudo falta-lhes confiança em sua capacidade de realizar habilidades sob pressão, em um jogo ou em uma partida nivelada. Um jogador extremamente habilidoso e com uma técnica bem desenvolvida pode, em um momento decisivo de uma partida, ao errar um movimento começar a duvidar de si mesmo e tornar-se inseguro. Passa então a não arriscar movimentos mais ousados com medo de errar novamente, perdendo assim sua efetividade. A insegurança vai criar a ansiedade, quebrar a concentração e provocar indecisão. Pessoas com falta de confiança focalizam-se mais em suas dificuldades do que em suas qualidades e pontos fortes, passam assim a deixar de se concentrar na tarefa realizada. Contudo, um pouco de insegurança gera motivação e previne o excesso de autoconfiança.

Excesso de Autoconfiança

Pessoas super confiantes são na verdade falsamente confiantes, ou seja a confiança delas é maior do que suas capacidades. Seu desempenho diminui pois acreditam que não necessitam se preparar nem fazer esforço para realizar suas tarefas. Isso ocorre por exemplo quando um atleta ou um time/equipe altamente considerado dá como certa a vitória sobre um outro atleta ou equipe. O pensamento comum é que tudo o que precisa fazer é estar presente para vencer. Contudo, não se pode ser excessivamente confiante se a confiança se baseiua em habilidades e capacidades reais, ou seja o adversário precisa necessariamente sempre ser valorizado.
Em geral o excesso de confiança é muito menos problemático do que a falta de confiança, contudo quando ocorre os resultados podem ser igualmente desastrosos.
Uma situação comum é quando dois jogadores de diferentes capacidades se enfrentam. O melhor jogador chega para a competição superconfiante, e por conta disso negligencia a preparação e joga casualmente, o que pode muito bem fazê-lo ficar para trás já no início da competição. O adversário nesse meio de tempo começa a ganhar confiança, tornando ainda mais difícil, para o jogador excessivamente confiante, virar o jogo e vencer a competição. Esse cenário acontece até para os melhores atletas, mas em geral eles não deixam isso acontecer com grande frequência.

O falso excesso de confiança é visto às vezes quando os atletas tentam encobrir suas inseguranças. A maioria dos técnicos encoraja os atletas a serem confiantes, assim os jogadores em geral não se sentem confortáveis demonstrando insegurança. Portanto eles passam a fingir que se sentem confiantes para ocultar sentimentos reais de insegurança. Seria mais construtivo expressar tais sentimentos para o técnico e desenvolver um programa para ajudar os atletas a removerem suas dúvidas e ter de volta sua autoconfiança. Certamente isso significa que o técnico ou professor deve criar uma atmosfera que encoraje a comunicação aberta de seus alunos/atletas.

Expectativas e desempenho dos atletas

As expectativas podem ter um efeito crítico sobre o desempenho. Esperar vencer ou esperar perder pode ter um impacto muito grande no desempenho em uma competição. As expectativas do treinador podem também influenciar muito o desempenho e o comportamento de alunos/atletas.
Uma sequência de eventos que ocorrem em ambientes esportivos pode explicar tentar explicar a relação expectativa-desempenho do treinador para com o atleta.

Passo 1: Técnicos criam expectativas. Os treinadores usam informação de desempenho – desempenhos anteriores, teste de habilidades, comportamentos nos treinos e outras avaliações. Quando as fontes de informação levam a uma avaliação correta da capacidades e do potencial do atleta, não há problemas, contudo expectativas ou muito altas ou muita baixas especialmente inflexiveis, normalmente levam a comportamentos inadequados da parte do treinador. Isso nos leva ao segundo passo:
Passo 2: As expectativas do treinador influenciam o comportamento dos atletas. Os comportamentos dos treinadores quando apresentam expectativas altas ou baixas com relação aos seus atletas podem ser as seguintes:
1) Frequência e qualidade da interação técnico-atleta: passa mais tempo com o atleta que espera mais e apresenta mais simpatia e afeto positivo;
2) Quantidade e qualidade da instrução: concede menos tempo e é menos persiste ao ensinar habilidades difíceis aos atletas que considera com de baixa expectativa;
3) Tipo e frequência de feedback: dá mais reforço, elogios e mais feedback instrutivo e informativo a atletas de alta expectativa e dá menos feedback benéfico ao atleta de baixa expectativa após um desempenho médio;
Passo 3: Comportamento dos técnicos afetam o desempenho dos atletas. Atletas de baixa expectativa:
1) Apresentam piores desempenhos devido a reforços e tempo de jogo menos efetivos;
2) Apresentam níveis mais baixo de autoconfiança e de percepção de desempenho ao longo de uma temporada;
3) Atribuem seus fracassos à falta de capacidade, acreditando na falsa crença de que não são bons e de que tem pouca chance de sucesso no futuro.

Desde o inicio os técnicos devem determinar como se formam suas expectativas e se suas fontes de informação são indicadores confiáveis da capacidade de um atleta. As avaliações iniciais muitas vezes podem ser equivocadas. “Técnicos devem monitorizar a quantidade e qualidade de reforço e de feedback instrutivo que fornecem buscando assegurar que todos os atletas/alunos recebam sua porção justa. Essas atitudes ajudam a assegurar que cada atleta tenha uma chance justa de alcançar seu potencial e de apreciar a experiência atlética”. (Weinberg e Gould, 2001, pág. 317).

Fontes de Autoconfiança no Esporte – o que é necessárioum atleta possuir ou desenvolver para conquistar a autoconfiança

- Domínio: desenvolver e melhorar habilidades;
- Demonstrar capacidade vencendo e superando em desempenho os adversários;
- Preparação física e mental que ajudará a permanecer focalizado nos objetivos e sentir-se preparado para dar o máximo;
- Apoio social – ter o encorajamento de colegas de equipe, treinador, família;
- Liderança dos Treinadores: confiança nas decisões dos treinadores;
- Acreditar em suas próprias capacidades e possibilidades de desenvolvimento
- Experiência indireta: ver outros atletas atuando com sucesso e acreditar que pode ser
Como ele ou melhor que ele;
- Conforto ambiental – sentir-se confortável no ambiente onde atuará;
- Situação favorável – sentir que tem tudo a seu favor e que nada poderá dar errado.

Como desenvolver a autoconfiança em um atleta - técnicas

- Experiências Indiretas ou Demonstração ou Modelagem: é um processo de 4 estágios: atenção, retenção, reprodução motora e motivação.
Para se aprender pela observação deve-se prestar muita atenção ao modelo. A capacidade de atenção irá depender do respeito que se tem do modelo a ser observado, bem como do interesse na atividade e do quão bem pode-se ver e ouvir. Os bons técnicos não sobrecarregam seus atletas com informações, mas esperam que o atleta focalize sua atenção em todos os elementos específicos da habilidade, e nem demonstram a habilidade apenas uma única e rápida vez. Focalizam inicialmente em um ponto-chave, mostram várias vezes e permitem que o atleta o faça livremente e de forma espontânea.
Para que a modelagem ocorra de forma efetiva o ato observado deverá ser memorizado e decorado. E essa retenção precisa ser realizada através de técnicas de prática mental, analogias (por exemplo pedir ao atleta para comparar o movimento do saque com o movimento de atirar uma raquete) ou ainda pedir para os atletas repetirem em voz alta os pontos-chaves. Aqui o importante é ajudar o observador (atleta) a lembrar o ato modelado.
Depois disso é necessário saber fazer a reprodução motora, ou seja saber coordenar as ações musculares com seus pensamentos, e sentir que o atleta está realmente seguro e treinado para realizar a habilidade de forma eficaz.
Por fim, o estágio final ma modelagem é a motivação, sem motivação o atleta não prestará atenção no modelo, não tentará lembrar o que foi visto e não praticará a habilidade. A chave aqui é motivar o atleta por meio de elogios, pela promessa de recompesas, dando importância à aprendizagem da atividade modelada ou utilizando aqueles modelos que irão realmente motivá-lo.

- Persuasão Verbal:
Treinadores podem fazer uso de técnicas persuasivas para influenciarem comportamentos específicos que esperam de seus atletas. Alguns exemplos para dizer aos atletas: “Seja perseverante e não desanime, mesmo que vc tenha que perder alguns dias!” ou “Sei que vc saca bem, mas seja perseverante e treine seus movimentos, vai chegar sua hora!”
A persuasão verbal para aumentar a confiança pode também tomar forma de autopersuasão, exemplo do que um atleta campeão olimpico de natação dizia para ele mesmo antes da competição: “Vc tem que acreditar que vai acontecer. Não pode duvidar de suas capacidades dizendo palavras negativas como: vou levantar amanhã e vou sentir totalmente mal porque me senti mal hoje. Vc não pode entrar nessa “vibe”ruim. Tem que dizer: Amanhã correrá tudo bem, eu dou conta, eu consigo, e vou me sentir super bem. Hoje não me senti bem, mas amanhã estarei ótimo.”

- Experiências imaginárias:
Atletas podem gerar crenças sobre sua eficácia ou ineficácia pessoal imaginando a si mesmo se comportando efetiva ou inefetivamente em situações futuras. A chave para o uso da visualização como fonte de autoconfiança é o atleta sempre se imaginar demonstrando domínio e confiança na situação futura do jogo ou campeonato.

- Estados fisiológicos:
Alguns atletas podem interpretar de forma equivocada aumentos na ativação ou ansiedade fisiológica (com o taquicardia ou respiração superficial aumentada) como medo e sensação de impedimento de poder realizar a habilidade com sucesso (ou seja auto-eficácia diminuída), enquanto que outros atletas podem interpretar tais reações como um sinal de que estão prontos e preparados para a competição (ou seja auto-eficácia aumentada).

- Estados Emocionais:
Um atleta lesionado sentindo-se deprimido e ansioso em relação à sua reabilitação provavelmente terá sentimentos de auto-eficácia diminuídos, enquanto que um atleta sentindo-se energizado e positivo certamente apresentará uma auto-eficácia aumentada.


Sugestões para demonstrações efetivas

A modelagem efetiva é uma das fontes principais para a auto-eficácia. Abaixo algumas sugestões que um treinador pode dar aos seus alunos/atletas para conseguirem alcançar demonstrações efetivas:
- Informe ao aluno/atleta sobre a importância da habilidade treinada para o jogo ou atividade;
- Saliente um modelo de alta consideração (por exemplo um atleta profissional que conhecem) e que usa efetivamente a habilidade a ser modelada e treinada;
- Certifique-se que todos os alunos não terão distrações e que todos podem ver e ouvir;
- Demonstre habilidades complexas sob vários ângulos (p. ex., saque de tênis para atletas canhotos e destros);
- Focalize a atenção do aluno em apenas 3 ou 4 pontos-chave da habilidade; *
- Repita demonstrações de habilidades complexas;
- Assegure-se de que as instruções sempre precedam ligeiramente a habilidade ou o segmento da habilidade sendo demonstrada;
- Faça os alunos ensaiarem mentalmente o que foi demonstrado imediatamente após observarem na demonstração;
- Peça aos alunos que pratique a habilidade imediatamente após ela ter sido demonstrada e mentalmente ensaiada;
- Peça aos alunos para nomearem as partes da habilidade p. ex., (aqui é o começo do movimento - a parte inicial, aqui é o meio, aqui e quase o movimento completo, e aqui é o completo, o movimento completo e finalizado);
- Faça uma demonstração em câmera lenta e depois uma demosntração em velocidade normal e peça para fazerem o mesmo;
- Reforce (“Muito bom!!!” ou “É isso mesmo!!!”) sempre o desempenho correto ou o ato/movimento modelado (treinado) obtiver sucesso;
* Com crianças e adolescentes concentre-se em um número menor de pontos-chave e enfatize a prática mental.

Referências Bibliográficas
Becker Jr, B. & Samulski, D. Manual do Treinamento Psicológico para o Esporte. Feevale, 1998.
Becker Jr, B. Manual de Psicologia do Esporte e do Exercício, Feevale, 1999.
Cozac, J. R. L. Psicologia do Esporte: Clínica, alta performance e atividade física. São Paulo: Annablume, 2004.

domingo, 11 de outubro de 2009

Excesso de treinamento pode trazer osteoporose precoce

A busca incessante para perder peso e a pressa em reduzir as medidas pode trazer sérios prejuízos às mulheres. Especialistas alertam que excesso de treinamento, associado à falta de orientação adequada, pode ser prejudicial à saúde.

Maurício de Moraes, médico ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia de São Paulo (IOT – SP), afirma que a prática excessiva de exercícios pode desregular o ciclo menstrual ou até cessá-lo, provocando a osteoporose precoce.

As dores contínuas costumam ser um dos primeiros sinais de que houve abuso nos treinamentos. Os médicos explicam que, normalmente, os incômodos aparecem de 24 a 48 horas após a atividade física, e são reflexos da degradação muscular e da lesão pelo esforço.

“As dores tendem a cessar após dois ou três dias. Porém, a permanência do sintoma é um alerta de que algo está errado”, completa Rubens Rodrigues, que também integra a equipe de ortopedistas do IOT - SP
O overtraining também pode gerar outros problemas ortopédicos, entre eles dor crônica, inchaço, limitação de algumas funções da articulação e, muitas vezes, lesões permanentes. Nesses casos, é fundamental realizar atividades físicas apenas com a orientação médica e supervisão de um treinador.

Fonte: OIT

sábado, 19 de setembro de 2009

Prevenção de Lesões

Devido aos nossos hábitos, aos nossos trabalhos e lazeres, e às nossas individualidades, adquirimos certos vícios posturais que podem ou não ser prejudiciais. Como atletas, exigimos do nosso corpo, como um todo e não apenas das nossas pernas, um treinamento específico de certos grupos musculares para alcançarmos os nossos objetivos, assim melhorando nossa performance, tempo, força e com isso diminuindo fadiga, dores etc.

Para que nosso corpo consiga realizar o que precisamos, ou desejamos, ele precisa estar equilibrado. Este equilíbrio pode ser alcançado com diversas técnicas muito bem conhecidas e descritas. E previne que criemos uma sobrecarga sobre uma região específica.

Afinal, o que é tendinite, bursite, tenossinovite, miosite, pubeíte, e muitos outros “ites” que encontramos por aí? Grosso modo, são lesões inflamatórias causadas por uma sobrecarga em um ponto do corpo. Esta sobrecarga pode vir de diversas maneiras. Pode ser uma falta de flexibilidade desta região machucada, o que limita a melhor execução do músculo, além de diminuir o suprimento de nutrientes e oxigênio muscular. Pode ser uma falta de força local, o que faz com que o músculo tenha que trabalhar mais do que ele aguenta, e com isso, aparecem pequenas lesões ou rupturas, que acabam formando uma inflamação.

Para evitarmos estas lesões ao máximo, devemos então cuidar do nosso corpo antes, durante e depois da atividade. Um bom equilíbrio entre força e flexibilidade muscular, somado a um trabalho específico para cada atleta, e, principalmente, para cada esporte, pode diminuir o índice de lesões, ou, diminuir o tempo de recuperação de um atleta.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Vídeo: IRONMAN HAWAI 2008

Confira o vídeo do IRONMAN HAWAI 2008:

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Diabético não sabe diferenciar diet e light, diz pesquisa da USP

A maioria dos pacientes com diabetes tipo 2 não costuma ler o rótulo dos produtos light e diet que consome, não se precoupa com a quantidade ingerida nem conhece a importância de fazer um rod[izio dos tipos de adoçante, revela uma pesquisa de mestrado realizada na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

Esse procedimento é recomendado pela Organização Mundial da Saúde para evitar o acúmulo de uma única substância química no organismo. 

Segundo a nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, autora do estudo, depois de usar um edulcorante à base de sacarina, as pessoas devem optar, na próxima compra, por um de ciclamato de sódio ou de aspartame, por exemplo. 

Para ela, o consumo excessivo de edulcorantes pode fazer mal à saúde - estudos com animais apontam riscos que vão de diarreia a câncer -, além de responder por gastos que, muitas vezes, podem pesar no bolso. 

"Os diabéticos usam os edulcorantes como se eles fizessem parte do tratamento, mas não é bem assim. Esses produtos permitem variar mais os alimentos, o que ajuda na adesão [ao tratamento], mas não são obrigatórios e muitas vezes são responsáveis por gastos desnecessários", afirma ela. 

O estudo chegou a outra conclusão alarmante: os diabéticos não sabem a diferença entre produtos diet e light. 

Foram entrevistados 120 pacientes atendidos pelo SUS em Ribeirão Preto, com média de 63 anos de idade e diagnosticados há dez anos. Os idosos são os maiores consumidores de adoçantes. Por outro lado, não houve diferença significativa entre homens e mulheres com relação à ingestão de produtos diet e light.


FONTE: Folha de São Paulo 28/08/2009

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

TPM e Atividade Física

Os períodos hormonais determinam o ritmo feminino na vida profissional e pessoal. E na atividade física não é diferente. Mas será que o treino na fase mais crítica, como a TPM, está permitido?

Entre os principais vilões da TPM estão os sintomas como mal-humor e dores nas pernas, abdômen e cabeça. “Deve-se atentar aos desconfortos que esse período causa. Nem sempre correr com esses sintomas é agradável”, disse o fisiologista Paulo Correia, graduado em educação física pela FEC (Universidade de São Caetano do Sul) e mestre em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).

Atenção ainda para o alongamento nos treinos feitos no período de TPM. Alongar sempre ajuda nesse período e é sugerido que a mulher aproveite essa fase do mês e dê mais ênfase para o alongamento antes e depois. Muitas mulheres quando estão na TPM e começam a se alongar antes do exercício principal já sentem diminuição das dores e outros incômodos.

Também não há nenhuma contra-indicação para os treinos durante o período menstrual, mas aquelas mulheres que costumam sofrer com a intensidade dos sintomas devem ficar mais atentas. O fisiologista explica que alguns medicamentos usados para amenizar as cólicas, por exemplo, podem aumentar o fluxo e, conseqüentemente, o desconforto da corredora. Nesta fase, o maior desconforto costuma ser o fluxo grande dos primeiros dias. Por isso, algumas mulheres preferem descansar nesse período.
Corra da TPM

Mulheres que sofrem de TPM não só podem, como devem correr regularmente. Isso porque a endorfina liberada com a prática regular de corrida pode ser uma aliada na hora de amenizar ou até extinguir os sintomas. A endorfina é conhecida como hormônio antiestresse, que atenua as dores bloqueando os sinais que vão para o sistema nervoso. Mas essa substância não vem de graça. Para ter sua liberação no organismo é preciso ter uma regularidade nos treinos.
Fonte: Site Médico

sábado, 22 de agosto de 2009

Esporte Adaptado

A realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas especiais no Brasil e no mundo revela poucas oportunidades para engajamento em atividades esportivas, seja com objetivo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regular. As atividades físicas, esportivas ou de lazer propostas aos portadores de deficiências físicas como os portadores de seqüelas de poliomielite, lesados medulares, lesados cerebrais, amputados, dentre outros, possui valores terapêuticos evidenciando benefícios tanto na esfera física quanto psicológica:
• Melhoria e desenvolvimento de auto-estima, auto valorização e auto-imagem;
• O estímulo à independência e autonomia;
• A socialização com outros grupos;
• A experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações;
• A vivência de situações de sucesso e superação de situações de frustração;
• A melhoria das condições orgânicas e funcionais (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor);
• Melhoria na força e resistência muscular global;
• Ganho de velocidade;
• Aprimoramento da coordenação motora global e ritmo;
• Melhora no equilíbrio estático e dinâmico;
• A possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, reabilitação e competição;
• Prevenção de deficiências secundárias;
• Promover e encorajar o movimento;
• Motivação para atividades futuras;
• Manutenção e promoção da saúde e condição física;
• Desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária;
• Desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.
O ESPORTE ADAPTADO E AS MODALIDADES ESPORTIVAS:
As modalidades esportivas para os portadores de deficiências físicas são baseadas na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rúgbi, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol.
O esporte é um conteúdo da educação física, considerado fenômeno sociocultural que podemos utilizar para desenvolvimento individual ou coletivo, quando bem trabalhado. Notamos que para oferecer uma modalidade esportiva às Pessoas com necessidades especiais são necessários os conhecimentos dos conteúdos da educação física, as tecnologias relacionadas a essas pessoas (órteses, próteses, cirurgias de correção etc.) e adotar uma proposta metodológica coerente com os objetivos do grupo com o qual se trabalha.
A prática da atividade esportiva por pessoas com necessidades especiais, sendo esta visual, auditiva, mental ou física, pode proporcionar dentre todos os benefícios da prática regular de atividade física que são mundialmente conhecidos, a oportunidade de testar seus limites e potencialidades, prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social do indivíduo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O Joelho da Mulher


Hormônios, anatomia diferente e prática de esportes de impacto tornam o joelho da mulher mais vulnerável que o masculino.

Isso tudo, porém, ainda não justifica o número cada vez mais alto de mulheres reclamando das dores na articulação. Quem explica isso é o médico Fabiano Gonçalves Cunha, Ortopedista especialista em medicina esportiva e cirurgia de joelho do Hospital Santa Paula, em São Paulo: As mulheres tiveram uma mudança de perfil esportivo. Antes, praticavam modalidades de menor impacto e agora participam de modalidades de maior intensidade como a corrida de a rua, por exemplo e, aliás, de maneira bem mais competitiva, analisa.

Uma das estruturas que padecem nessas esportistas é o ligamento cruzado anterior, que serve de elo entre a tíbia e o fêmur. Há oito anos, 3% dos casos de problemas nesse ligamento diziam respeito às mulheres. Hoje elas já representam 10% dos pacientes, calcula Fabiano Gonçalves Cunha.
A saída para prevenir boa parte dos problemas é preparar o corpo especificamente a área do joelho antes de cair de cabeça em qualquer esporte. Não importa a modalidade, sempre é bom reforçar os membros inferiores praticando sessões de musculação intercaladas aos treinos, indica o especialista. Claro que, para isso, é fundamental contar com um bom preparador físico, acompanhado de uma equipe multidisciplinar.

Um aquecimento que simule os movimentos do esporte também é benéfico, deixando a articulação a postos. E, claro, os calçados podem fazer toda a diferença. Eles precisam de um bom sistema de amortecimento para absorver o impacto, minimizando o trabalho dos joelhos. O ideal é escolher um modelo específico para o esporte que será praticado. Isso evita pisadas erradas. Elas são capazes de castigar os tendões, ainda mais se houver exagero nos treinos.

Quando as lesões aparecem, a saída pode ser o bisturi. E vamos logo avisar: o processo de recuperação é lento. Para ter uma idéia, são necessários seis meses até que alguém com o ligamento cruzado anterior rompido possa voltar a se exercitar sem problemas. Além do mais, uma contusão grave como essa pode indicar que a pessoa tem uma predisposição para o incidente.
Paciência e fisioterapia, mais do que nunca, são fundamentais. Quem desiste e não se trata direito dificilmente volta aos esportes. E quem não pratica um esporte, por sua vez, pode ter dores de cabeça muito piores do que as dos problemas nos joelhos.
Fonte: RMidia

sábado, 8 de agosto de 2009

Corrida e Endorfina


Todo atleta já ouviu falar num suposto "barato" que corredores sentem. A maioria parece acreditar na tal "onda" e muitos dizem que já a sentiram. Segundo reportagem do jornal New York Times, um grupo de pesquisadores da Alemanha conseguiu comprovar a hipótese de que correr, pode dar sim, um "barato", uma "onda", ou em termos científicos: uma sensação de êxtase.
Algumas pessoas já contaram que se sentiram tão bem quando se exercitaram que foi como se tivessem ingerido drogas de alteração do humor. Mas, teria sido um sentimento real ou ilusão? E mesmo que tenha sido real, o que a sensação teria sido? O que a causou? Alguns dos que disseram ter sentido um "barato" de corredor contaram que era uma sensação incomum. Eles se sentiam relaxados ou em paz após se exercitarem, mas apenas ocasionalmente se sentiram eufóricos. Seria a tranquilidade em si o "barato" do corredor? Freqüentemente, aqueles que disseram que sentiram uma euforia intensa relataram que ela veio após um evento esportivo de resistência.
A hipótese do "barato" do corredor supõe que existem efeitos reais bioquímicos do exercício físico no cérebro. Substâncias químicas seriam lançadas que poderiam alterar o humor do atleta, e essas substãncias seriam endorfinas, comparáveis a drogas com ópio, só que naturais do cérebro. Correr não é a única maneira de ter esse sentimento; isso também poderia ocorrer com os exercícios mais intensos ou de resistência. O problema com a hipótese foi que não era possível checar a passagem de fluidos pelas vértebras antes e depois de alguém se exercitar para checar se houve uma descarga de endorfinas no cérebro.
Pesquisadores poderiam detectar endorfinas no sangue de pessoas após uma corrida, mas essas endorfinas seriam parte da resposta por stress do corpo e não poderiam ser carregadas do sangue para o cérebro. Mas, agora a tecnologia médica alcançou o conhecimento científico sobre exercícios físicos. Pesquisadores da Alemanha, graças aos avanços da neurociência, informaram no jornal Cerebral Cortex o que se desconfiava ser verdade: correr realmente descarrega endorfinas no cérebro. As endorfinas são associadas às mudanças de humor, e quanto mais endorfinas são liberadas do corpo de um corredor, maior é o efeito.
Cientistas que estudam a endorfina, que não tem relação com a pesquisa alemã, disseram que aceitam suas descobertas. "Impressionante", disse Solomon Snyder, professor de neurociência e descobridor da endorfina nos anos 70. Para atletas, o estudo oferece uma espécie de prova triunfal de que o "barato" do corredor não é só uma justificativa moderna para a "exigência" de se sentir bem após trabalho físico extenuante.
Para atletas e não-atletas, da mesma forma, os resultados abrem um novo capítulo na ciência da educação física. Eles mostram que é possível definir e mensurar o estado de êxtase de corredores e que deve ser possível descobrir o que o ativa. Esses esportistas podem aprender técnicas para cultivar uma sensação que faz com que malhar seja positivamente viciante.

domingo, 2 de agosto de 2009

Exercício Físico Adaptado

A atividade física para portadores de necessidades especiais, neste artigo relacionado a pessoas com síndrome de Down, é muito importante no processo de inclusão social, pois auxilia na socialização, na melhora o equilíbrio emocional e também ajuda prevenir doenças congênitas que por acaso venham a atingir estes indivíduos.
A promoção da prática pedagógica adaptada as diferenças individuais dentro das escolas do ensino regular deve ser constante, mas para que isso ocorra, são necessários métodos, procedimentos pedagógicos, materiais e equipamentos adaptados. O professor especializado deve valorizar as reações afetivas de seus alunos e estar atento o seu comportamento global, para solicitar recursos mais sofisticados como a revisão medica ou psicológica.
E outro fato de extrema importância na educação especial é o fato de que o professor deve considerar o aluno como uma pessoa inteligente, que tem vontades e afetividades e estas devem ser respeitadas, pois o aluno não é apenas um ser que aprende.
Um dos desafios para o momento é justamente a interação entre os vários profissionais que lidam com essa deficiência, pois o problema apresenta facetas que permeiam diferentes esferas do comportamento e níveis de análise do movimento humano.
Estudos mostram que pessoas com deficiências, notadamente os portadores da síndrome de Down, alguns tendem a se tornar sedentários, levando-os a desenvolverem problemas como obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides altos, hipertensão e doenças cardíacas.
O estudo lembra que os portadores desta síndrome têm tendência natural a uma compulsão alimentar, o que pode levar a uma alta do peso corporal, assim como uma pré-disposição à doenças do coração. Por isso, especialistas afirmam ser fundamental que os portadores da síndrome sejam estimulados desde criança à prática regular de alguma atividade física.
Os exercícios mais indicados para quem tem esta necessidade especial são a caminhada, a corrida, a natação, andar de bicicleta, a dança e outras atividades que a própria pessoa considere como algo saudável para o bem estar fisco e principalmente cognitivo. São atividades que podem ser feitas sem grandes dificuldades por estas pessoas e vão ajudar a uma melhora da condição corpórea, prevenindo doenças provocadas por uma vida sedentária e ajudando a melhorar a auto-estima e o equilíbrio emocional dos portadores da síndrome de Down.
A realização de atividades motoras deste aluno, além de exercer papel preponderantemente no seu desenvolvimento somático e funcional, estimula e desenvolve as suas funções psíquicas.
O maior desafio para os profissionais da Educação Física é facilitar o envolvimento de todas as pessoas, incluindo quem tem a Síndrome.Não há sombra de dúvida de que os indivíduos com Down respondem positivamente aos programas de atividade motora. Esses benefícios envolvem desde a sua aptidão física e saúde, até a própria qualidade da execução motora.
A atividade física, seja no âmbito escolar ou fora dele, deve ser considerado como um nível de grande importância para o desenvolvimento físico e mental dos deficientes e da conseqüente necessidade de exercícios, porém a princípio, fica necessário que o professor responsável destas aulas tenha conhecimento das atividades para que os alunos se interessem na prática de uma atividade física e esportiva, afinal, são seres humanos, e requer o mesmo respeito e consideração como todas as outras pessoas!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Mulheres Atletas

Cada vez mais aumenta a participação de mulheres em inúmeras modalidades esportivas. Entretanto, várias pesquisas demonstram que as mulheres atletas não podem ser avaliadas e treinadas da mesma forma que os homens, devido a fatores não apenas hormonais, mas também a eventuais distúrbios clínicos aos quais são mais susceptíveis, como a incontinência urinária e os distúrbios alimentares.


Marair Gracio Sartori, chefe da disciplina de Ginecologia Geral da Unifesp, explica que a criação de um ambulatório específico para mulheres que praticam esporte de forma regular ou intensa é um avanço na medicina esportiva, tanto para a assistência quanto para as pesquisas na área. “Muitas atletas apresentam irregularidade ou ausência de menstruação, cólicas, depressão e não dividem esses problemas com o treinador”, afirma. “Uma equipe especializada em esporte e preocupada com o manual da Agência Mundial Anti-Doping (WADA), para evitar o uso de medicamentos que possuam substâncias proibidas, e com os distúrbios causados por overtraining, pode direcionar um tratamento mais eficaz e, assim, manter a atividade física sem prejuízo para a saúde e para os resultados em competições”.

Além da realização de exames clínicos, laboratoriais e ginecológicos, o ambulatório também conta com profissionais das áreas de fisioterapia pélvica e psicologia.

De acordo com a ginecologista, a realização de mutirões no ambulatório tem beneficiado o atendimento de equipes de atletas de uma única vez, para evitar que os treinos sejam prejudicados.

Tríade da Mulher Atleta:

Entre os distúrbios que podem afetar a mulher atleta, a Tríade é a mais preocupante. Caracterizada por três sintomas (falta ou irregularidade do ciclo menstrual, distúrbio alimentar e osteoporose), a Tríade é decorrente do overtraining, sendo também chamada de Síndrome do Supertreinamento, e sua incidência é de 3% a 66% das atletas, com uma prevalência que depende da modalidade esportiva praticada, da intensidade e da duração dos treinos e do estado nutricional, segundo Marair Sartori.

Um estudo internacional, realizado em 1982, aponta que até 26% das corredoras e 12% das ciclistas e nadadoras apresentam o distúrbio. Outro, mais recente, realizado em 2005, verificou que, entre as atletas mais susceptíveis à Tríade estão as ginastas, as corredoras de longa distância e as bailarinas, sendo pouco freqüente entre nadadoras e ciclistas. Já entre as mulheres freqüentadoras de academias, esse índice varia entre 3% e 5%.

Incontinência urinária atinge 62% das corredoras de longa distância:

Entre as várias pesquisas desenvolvidas no Ambulatório de Ginecologia Esportiva para ajudar a entender e prevenir os distúrbios que acometem as mulheres atletas, uma delas aponta taxa elevada de incontinência urinária em corredoras de longa distância, além da possibilidade de o problema estar relacionado a distúrbios alimentares.

Depois de avaliar 37 corredoras de longa distância, o estudo verificou que 62,2% apresentavam incontinência urinária. Destas, 65,2% perdiam urina durante a competição e, 60,9%, durante o treino.
Entre as atletas nas quais foi detectada perda urinária, 38,8% também apresentaram sinais de distúrbio alimentar, contra 15% que não apresentaram o problema. “Os técnicos e preparadores físicos devem estar atentos às características antropométricas das atletas e seus hábitos alimentares”, afirma Marair, uma das autoras da pesquisa. “Eles também devem estar aptos a diagnosticar atletas de risco para o desenvolvimento desses problemas, principalmente entre as mulheres perfeccionistas, preocupadas com o peso e introspectivas”.

Fonte: AGE-Unifesp

quarta-feira, 22 de julho de 2009

COMO EVITAR A SÍNDROME METABÓLICA

A síndrome metabólica ou plurimetabólica é uma doença dos “tempos modernos”, e está diretamente associada à obesidade. A má alimentação e o sedentarismo são os principais fatores que contribuem para o seu desenvolvimento. A doença é caracterizada pela associação de alguns fatores de risco que, juntos, aumentam as chances da pessoa desenvolver problemas cardiovasculares e diabetes.
A síndrome metabólica costuma se manifestar na idade adulta ou na meia-idade, e as chances de adquirir a doença chegam a ser até duas vezes maiores para homens na faixa dos 50 anos. Sua principal característica e a resistência à ação da insulina, que obriga o pâncreas a produzir mais hormônios. Para que seja diagnosticada, é necessário a pessoa apresentar pelo menos três dos cinco fatores abaixo relacionados:
- Níveis aumentados de triglicérides e ácido úrico;
- Circunferência da cintura acima de 94 cm nos homens e de 80 cm nas mulheres;
- Níveis de HDL, o chamado colesterol bom, abaixo de 40 em homens e abaixo de 50 nas mulheres;
- Glicose em jejum maior ou igual a 110;
- Pressão arterial maior do que 130/85.
O diagnóstico da doença deve ser feito desde cedo, deve ser combatida desde a infância, quando se torna visível. Para isso, é preciso uma mudança no estilo de vida. O primeiro passo para combater a síndrome metabólica é manter uma alimentação saudável, que é fundamental para o redirecionamento do cuidado com o corpo. Alimentos muito gordurosos, como carnes gordas, frituras, gordura de coco, molhos, cremes e produtos refogados com excesso de óleo devem ser evitados, o consumo de sal deve ser diminuído, dando-se preferência aos temperos naturais, como salsa e cebolinha.
Além da boa alimentação, a prática de exercícios físicos é essencial no tratamento à doença. A prática esportiva diminui os fatores de risco da síndrome, sendo um dos braços do tratamento. A prática de esportes como caminhada, corrida ou natação é indicada para a melhora do paciente, mas deve-se sempre consultar um médico antes e fazer os exames corretos, para que não haja risco de complicações causadas pela falta de preparo.

A realização moderada de atividades físicas tem apresentado efeitos benéficos na prevenção e tratamento de problemas como hipertensão arterial, diabetes, obesidade e resistência à insulina, que são os principais problemas dentro da síndrome metabólica. O tratamento é ministrado com o uso de medicamentos indicados pelo médico, mas a mudança completa no estilo de vida é a melhor forma para prevenir o mal. O uso de cigarros e o consumo de bebidas alcoólicas devem ser evitados, pois, somados aos fatores de risco, tendem a agravar o quadro da Síndrome Metabólica.

Não há uma cura para a doença, mas sim a administração de seus males. Por isso, é essencial compreender a necessidade de ter um estilo mais saudável e regrado.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

SUPERAÇÃO

Nunca desista dos seus objetivos!!!

Confira o vídeo:

ASSESSORIA ESPORTIVA

Porquê fazer parte de uma Assessoria Esportiva?

Sabemos que para praticar uma atividade física basta ter força de vontade para começar e continuar praticando. Porém, alguns fatores parecem surgir na nossa frente como obstáculos para nos impedir de mantermos a prática saudável em nossas vidas como um hábito regular, como por exemplo, a falta de orientação de um profissional de Educação Física, falta de objetivos gradativos, de motivação para treinar sozinho, de local adequado para a prática escolhida, e para encerrarmos essa lista que poderia se prolongar muito mais, o surgimento de lesão.

Sem perceber, um desses fatores faz surgir o outro.
A atividade física traz inúmeros benefícios à qualidade de nossas vidas, como redução do risco de doenças do coração, melhora na qualidade do sono, diminuição do percentual de gordura corporal, mais disposição nas atividades diárias, diminuição do estresse, sensação de bem-estar, enfim, qualquer pessoa bem informada hoje sabe que atividade física está diretamente relacionada com a melhora da qualidade de vida.

Inúmeros também são os benefícios que uma equipe de profissionais, que formam as Assessorias Esportivas, pode fazer por você.

Veja algumas vantagens e benefícios e compare-as com seus treinos solitários de hoje:
· Treinos em grupo;
· Maior socialização;
· Fazer novos amigos com interesses parecidos;
· Aumento do networking;
· Os objetivos são gradativos e sempre temos um;
· Otimização de resultados;
· Maior motivação para treinar;
· Os treinos são variados;
· Estrutura visando comodidade durante treinos e competições;
· Local adequado para realização da atividade física;
· Opção de ter um Personal Trainer;
· Encontros sociais e happy hours;
· Profissionais de Educação Física com registro no Conselho Regional de Educação Física (CREF);
· Site, email e telefones, sempre disponíveis para esclarecer dúvidas;
· Mínimo risco de lesões;
· Equipe multidisciplinar, com Educadores Físicos, Nutricionistas, Fisioterapeutas e Médicos especializados em esporte.
-
Com esses atrativos e benefícios que as Assessorias Esportivas podem trazer, da próxima vez que for a uma prova ou parque, converse com um dos professores, veja quais vantagens, desvantagens e motivos você teria para fazer ou não parte daquele grupo, escolha a que mais lhe agrada e tenha uma ótima vida.
-
A Fernando Lopes Assessoria Esportiva está sempre presente em seus treinamentos físicos e na conquista dos seus objetivos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

ATLETA: CARDÍACO E DIABÉTICO


Era 1996 e o atacante do São Paulo Futebol Clube Washington Stecanela Cerqueira, hoje com 33 anos, jogava pelo Caxias do Sul (RS). À época, uma séria lesão no tornozelo o afastou do campo por mais de 40 dias - período em que perdeu quase dez quilos, passou a sentir muita sede e começou a urinar mais do que o normal. Eram os primeiros sinais do diabetes.
Preocupado, o jovem atleta procurou um médico para saber o que estava acontecendo. Depois de vários exames, foi diagnosticado com diabetes tipo 1 -doença crônica autoimune, que acontece quando o organismo cria anticorpos contra o pâncreas, que deixa de funcionar. A doença costuma ser diagnosticada em pessoas entre 10 e 40 anos. “Na época, fiquei muito assustado. Tinha apenas 21 anos e uma carreira inteira pela frente. Cheguei a pensar que não poderia mais jogar. Mas o meu médico me tranquilizou e disse que eu poderia ter uma vida normal e continuar jogando, desde que eu controlasse a doença corretamente. Foi aí que eu passei a me interessar e aprendi a conhecer o diabetes e o que era preciso fazer para controlá-lo”, contou.
Desde então, a rotina de Washington mudou completamente. O atleta, que não cuidava tão bem da alimentação, teve que abrir mão de doces e passou a seguir uma dieta controlada por nutricionistas, mesclando muita salada e frutas.Além disso, como seu pâncreas deixou de fabricar insulina (hormônio responsável pela redução da taxa de glicose no sangue), o jogador é obrigado a medir a taxa de glicose várias vezes e aplicar duas doses de insulina por dia, normalmente antes do almoço e do jantar, ou antes de atividades físicas.
“A taxa de glicemia de uma pessoa saudável varia de 70 mg/dl a 99 mg/dl. O diagnóstico de diabetes acontece quando essa taxa está acima de 126 mg/dl. O Washington chegou ao consultório com taxa glicêmica na faixa de 340 mg/dl”, contou Fernando Menegat Kuhn, endocrinologista do jogador e professor da Faculdade de Medicina de Caxias do Sul. Kuhn disse que, após o diagnóstico, estimulou ao máximo o atleta, para que ele não pensasse que o diabetes seria um fator limitante para a carreira. “No início da doença, a tendência das pessoas é imaginar que o mundo acabou. Imagine uma pessoa como ele, um atleta em início de carreira com um grande potencial. Não poderia deixar ele desistir”, lembra.

O problema no coração
Com apoio e orientação do médico, Washington continuou normalmente com a carreira e mudou-se para a Turquia, onde passou a jogar pelo Fenerbahce. Seis anos depois de descobrir que era diabético, ele teve que enfrentar a primeira complicação do diabetes - uma de suas artérias coronárias estava 90% entupida, e o jovem corria o risco de sofrer um infarto.Para Washington, o diagnóstico do problema cardíaco foi mais surpreendente do que o do diabetes. “Estava treinando e comecei a sentir os sintomas. Começou com uma queimação no peito, mas eu achava que era azia. Isso aconteceu em dois dias seguidos. Continuei treinando e joguei normalmente. Treinei mais dois dias, a queimação começou a aumentar, e senti uma sensação de formigamento no braço. Procurei o médico do clube e durante o teste ergométrico apareceram as alterações cardíacas.”
O caso era tão delicado que o jogador foi imediatamente encaminhado para uma sala de cirurgia e passou por um cateterismo (exame feito para ter o diagnóstico correto da doença cardíaca). Depois, Washington teve que implantar um stent (espécie de tubo inserido na artéria para impedir o seu entupimento) e foi afastado da carreira, ficando um ano e dois meses longe dos campos.Quando voltou para o Brasil, o jogador passou por outra cirurgia e colocou mais dois stents em locais que poderiam apresentar problemas cardíacos no futuro.Após uma bateria de exames, ele retomou as atividades em 2004, no Atlético Paranaense, período em que virou artilheiro do Campeonato Brasileiro e recebeu o apelido de “Coração Valente” -pois a cada gol marcado ele batia a mão direita no peito, como forma de comemorar o retorno ao esporte.

Controle de doping
Além de ter que controlar o diabetes com insulina diariamente, o jogador teve que aprender a conviver também com o problema no coração -para isso ele toma dois remédios todos os dias, um para controlar o colesterol e outro para afinar o sangue. Também precisa fazer exames básicos com frequência -os de sangue todo mês, e os do coração ao menos duas vezes por ano. Por causa do uso diário de medicação, ele também é obrigado a informar constantemente à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e às comissões antidoping quais são os remédios que precisa tomar.Apesar de enfrentar dois problemas sérios de saúde, Washington diz que nunca pensou que poderia sofrer alguma crise em campo. “Eu estava bem assessorado, bem acompanhado, não teria por que ter medo”. O pior momento, revela, foi quando soube da morte do zagueiro Serginho, jogador do São Caetano, que teve um ataque cardíaco em campo, durante uma partida contra o São Paulo. À época, Washington se calou e não deu entrevistas. “Eu estava num momento excelente da carreira, tinha acabado de voltar a jogar. Fiquei assustado, pois não é comum vermos cenas como aquelas. Naquele dia, a primeira pessoa que me ligou foi o meu cardiologista. Ele me disse “esquece isso, não coloca minhocas na sua cabeça porque você está sendo monitorado, você está bem’”, lembra o jogador.
Tranquilo em relação à sua saúde, casado e pai de duas meninas - Ana Carolina, de 6 anos, e Catarina, de 1 ano e 5 meses-, o jogador diz que o que o ajudou a enfrentar os dois problemas de saúde foi nunca ter desanimado.“A primeira coisa que as pessoas que têm diabetes ou problemas cardíacos precisam fazer é encontrar a solução para a doença. Depois disso, é preciso aprender a conviver com o problema, aprender a respeitá-lo e não deixar que ele o vença, que ele seja o fim da sua vida. Vivo minha vida como se não tivesse nada”, afirmou.
FONTE: Jornal Folha de São Paulo

quarta-feira, 8 de julho de 2009

FORÇA X RESISTÊNCIA AERÓBIA


Nas academias, é comum treinar musculação e logo após ou mesmo antes, fazer o treino aeróbio, que pode ser uma bicicleta ou esteira, mas muitas vezes aparecem perguntas sobre essa situação de treino simultâneo, como por exemplo, o que treinar ou se o treino de endurance (resistência aeróbia) irá atrapalhar o aumento de força e/ou hipertrofia muscular?
A maior parte dos estudos relacionados ao treinamento simultâneo da força e endurance demonstraram uma diminuição da força e potência muscular, quando comparados com indivíduos que realizaram apenas treinamento de força. O que parece não ocorrer é a diminuição da capacidade aeróbia (VO2máx) onde indivíduos treinados com força e endurance simultaneamente mostraram aumentos significativos do consumo máximo de oxigênio.
Esses valores foram próximos aos obtidos pelos indivíduos que treinaram apenas endurance, o que demonstra que apenas a força e a potência muscular podem ser afetadas negativamente com o treino simultâneo. Portanto, o desenvolvimento da capacidade aeróbia é independente da performance do treinamento de força.
Um estudo realizado por Kraemer et al. mostrou ainda a influência do treino de força para a parte superior do corpo não é afetada negativamente pelo treinamento de endurance para a parte inferior do corpo.Estudo realizado por Bell et al. demonstrou pouca diferença entre indivíduos que trabalham força isoladamente (6RM de agachamento e supino) versus endurance (50 min a 70% da FC de reserva) e força (6RMde agachamento e supino) simultaneamente.
Estudos sobre esse assunto muitas vezes parecem divergentes, mas devemos levar em conta que as metodologias usadas nesses experimentos nem sempre são semelhantes o que pode contribuir significativamente para esses diferentes resultados.Para otimizar o resultado em termos de melhora de força e hipertrofia muscular, devemos distanciar os treinos de força para membros inferiores dos treinos de resistência aeróbia (bicicleta, corrida) de longa duração e de intensidade relativamente alta, de preferência fazer os dois treinos em sessões separadas, por exemplo: musculação de manhã e aeróbio a tarde.
Caso não seja possível realizar essa divisão, faça o treino resistido antes e o treino aeróbico depois, porém com uma intensidade moderada leve no exercício de resistência aeróbia para que não haja comprometimento do seu treinamento de força e hipertrofia. As respostas ao treinamento simultâneo podem afetar negativamente o aumento de força muscular em 2 ou 3 meses de treinamento. Ainda são meras especulações em relação às adaptações fisiológicas, porém parecem estar relacionadas às alterações nos padrões de recrutamento neural, diminuição na hipertrofia muscular, excesso de treinamento ou aumento do hormônio cortisol (hormônio catabólico).
Portanto, ao montar uma rotina de treinamento, deve-se priorizar os objetivos, permitir uma boa recuperação e adequar o volume e a intensidade do treinamento aeróbio, pois as altas cargas deste treinamento parecem afetar negativamente o desenvolvimento da força muscular.
Fonte: Body

sexta-feira, 3 de julho de 2009

ALIMENTOS E BEBIDAS PARA ESPORTES DE EXPLOSÃO MUSCULAR


Praticantes de atividade física que requerem explosão muscular e velocidade, devem entender melhor a importância de consumir os corretos nutrientes e líquidos durante os treinamentos e preparação para competições para que seu corpo consiga apresentar o melhor rendimento.

Líquidos: Hidratação para Desempenho Máximo

· A desidratação pode diminuir a energia e prejudicar o desempenho. Mesmo a perda de 2% do peso corporal pelo suor (por exemplo, 1,5 kg para um atleta de 75 kg) pode representar uma desvantagem para o praticante. Em clima quente ou ambiente fechado com alta temperatura, algumas pessoas podem perder mais de 3,8 L de suor durante um treino ou um jogo.

· Para atingir o desempenho máximo, os praticante precisam repor o que perderam no suor - líquidos e eletrólitos, como o sódio e o potássio.

Líquidos Essenciais

Praticantes de atividade física devem conhecer sua taxa de sudorese para evitar a desidratação e problemas relacionados ao calor. Uma vez que a taxa de suor pode variar dependendo do indivíduo, clima e intensidade do exercício, devemos medir:

Quanto peso perdemos durante o exercício (em kg)+Quanto consumimos de líquido durante o exercício (em mL)=Quantidade de líquido que DEVEMOS consumir para repor as perdas por suor

Praticantes que não percebem a desidratação podem pagar um preço alto com relação à energia e à concentração que são fundamentais para o sucesso. Veja como se manter hidratado:

· Lembre-se dos líquidos durante o dia todo. Isso pode ser tão simples quanto começar o dia com uma bebida esportiva, depois usar bebedouros e lanchonetes como lembretes para continuar a ingerir líquido o dia inteiro;

· Hidrate-se 2 a 3 horas antes de treinos e de jogos, procurando beber pelo menos 500 mL de líquido nesse momento e outros 240 mL de 10 a 20 minutos antes do exercício;

· Para os treinos e competições leve sempre bebidas esportivas, como Gatorade que evitam a desidratação e as cãibras musculares porque ajudam na reposição tanto de líquido quanto de eletrólitos, como sódio e potássio, perdidos no suor.

Alimentos: Combustível Antes do Treino

· Praticantes de atividade física devem abastecer o corpo 2 a 3 horas antes de treinos e competições com uma refeição ou lanche rico em carboidratos. Quanto mais próximo do horário do jogo, menor deve ser o lanche ou a refeição.

· A refeição antes do exercício deve conter alimentos ricos em energia como cereais, massas e pães. Atletas devem ocupar 2/3 do prato com alimentos ricos em carboidratos e o restante com proteína magra como frango ou peru.

Alimentos: Combustível Durante um torneio

Quando há grandes chances de treinar durante um longo período de tempo, praticantes devem planejar suas refeições a fim de manter e obter depósitos de energia (glicogênio), isso é possível com a realização de refeições regulares, ricas em carboidratos nos intervalos que houver ao longo do dia.

Alimentos: Combustível Após o Treino

Praticantes queimam seus depósitos de energia durante a prática de exercícios físicos. Portanto, é importante que façam a reposição de energia para os músculos em 30 minutos e novamente no prazo de 2 horas para ajudar a reconstruir os depósitos de energia dos músculos para o próximo jogo ou treino.

Fonte: GSSI

domingo, 28 de junho de 2009

"57 mitos sobre a sua saúde" Reportagem da Revista Istoé

Confira a reportagem de capa "57 mitos sobre a sua saúde" da Revista Istoé (ed. 2067).



quinta-feira, 25 de junho de 2009

EXERCÍCIOS RESISTIDOS, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Cada vez mais está sendo documentado em trabalhos científicos que a boa condição anatômica e funcional dos ossos, músculos e articulações são fundamentais para uma boa qualidade de vida. Qualidades de aptidão como força, resistência, coordenação e flexibilidade são importantes para a realização confortável e segura dos esforços da vida diária, mesmo em situações de solicitação acentuada, como é o caso de muitas atividades profissionais. Pessoas idosas e sedentários apresentam habitualmente processos progressivos de desgaste e enfraquecimento dos ossos, músculos e articulações, o que leva ao aparecimento de dores, e pode chegar a impedir atividades tão suaves como caminhar. Músculos fortes e com boa elasticidade funcionam como amortecedores de forças externas, aliviando as articulações. Os melhores exercícios para estimular a integridade e a função do aparelho locomotor são os exercícios resistidos, geralmente realizados com pesos graduáveis, cuja prática é hoje conhecida como musculação. As evidências científicas atuais demonstram que os exercícios resistidos também contribuem para promover saúde cardiovascular. Com relação à segurança, os exercícios resistidos foram identificados como os mais adequados para pessoas sedentárias ou debilitadas, em função da facilidade com que podem ser adaptados para qualquer condição de saúde e de aptidão. A musculação pode ser mais suave do que caminhar. Com procedimentos técnicos simples, os exercícios resistidos proporcionam grande segurança nas doenças reumatológicas, ortopédicas e neurológicas. Os pequenos aumentos das freqüências cardíaca e respiratória durante os exercícios garantem segurança para pessoas com doenças cardiológicas e pulmonares. Além de seguros, os exercícios resistidos são importantes para melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças crônicas, promovendo saúde geral.


FONTE:

ADAMS, J.; CLINE, M.; REED, M. et al. Importance of resistance training for patients after a cardiac event. Proc (Bayl Univ Med Cent), v.19, p. 246-248, 2006.

ADES, P.A.; BALLOR, D.L.; ASHIKAGA, T. et al. Weight training improves walking endurance in health elderly persons. Ann Intern Med, v. 124, p. 568-572, 1996.

BARBOSA, A.R.; SANTAREM, J.M.; JACOB FILHO, W. et al . Effects of the resistance training on the sit-and-reach test in elderly women. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 16, p. 14-18, 2002.

domingo, 21 de junho de 2009

ESPORTISTAS: CUIDADOS QUE DEVEM TER NO SEU ESPORTE

Hoje em dia a prática esportiva é uma atividade física que vem sendo praticada por um número cada vez maior de pessoas, não só por esportistas de longas datas, mas por pessoas interessadas em melhorar sua qualidade de vida; com o hábito de praticar exercícios físicos de forma regular, elas procuram melhorar seu desempenho para ter objetivos mais funcionais, bem como, competitivos. Para muitos esportistas, sua grande preocupação é o desempenho do aparelho locomotor, isto é, preocupação com entorses, estiramentos, fraturas de estresse, preocupação com um bom tênis, entre outros.

AVALIAÇÃO: A realização de teste cardiológico e ergoespirométrico determinarão sua real condição cardiorrespiratória. Desta forma o indivíduo executará um programa de treinamento com segurança, pois neste teste é obtida a freqüência cardíaca correta para trabalho aeróbio.

TREINAMENTO: Com os dados da avaliação um professor de Educação Física (registrado no CREF), poderá elaborar um programa de treinamento adequado (individualizado). É importante que no seu programa conste exercícios de condicionamento aerobio, fortalecimento muscular e flexibilidade. Estes além de melhorar a estabilização articular, melhoram o desempenho.

NUTRIÇÃO: orientação nutricional para uma alimentação e hidratação mais adequada, não só nos treinos como nas competições, e em caso de necessidade o uso de suplementos adequados (repositores hidro-eletrolíticos que são vantajosos como a água).

RECUPERAÇÃO: Tão importante quanto o treino é o descanso. Respeitar o volume e a intensidade para que seus objetivos sejam atingidos, esta melhora deve ser gradual, inclusive prescrição de fortalecimento muscular (treinamento com pesos) para manutenção e prevenção de lesões musculares, prática regular de alongamento antes e após os exercícios, além de melhorar a flexibilidade previne lesões.

PREVENÇÃO: A base de tudo está no aquecimento. Cuidado com as sobrecargas e treinos exagerados. A regularidade dos treinos é um fator preventivo. Profissionais podem orientá-los no tratamento de dores musculares. O uso de gelo imediatamente após alguns treinos age como um anti-inflamatório. Mas, sempre procure a orientação de um profissional qualificado.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DO PROGRAMA DE EXERCÍCIO FÍSICO

Em entrevista concedida à Veja.com, o Prof. Fernando Carmelo Torres comentou da importância de se monitorar um programa de treinamento físico. O Prof. Fernando é médico especializado em Medicina Esportiva e docente da UNIFESP. Confira o vídeo abaixo:

A FERNANDO LOPES ASSESSORIA ESPORTIVA GARANTE ESSE MONITORAMENTO E A CONQUISTA DOS SEUS OBEJTIVOS

segunda-feira, 8 de junho de 2009

TALENTO: INATO OU APRENDIDO?

Como definir talento? É inato? É aprendido? É inato e aprendido? O livro "Desafiando o Talento: Mitos e verdades sobre o sucesso" de autoria de Geoff Colvin e lançado pela editora Globo. O autor realizou uma extensa pesquisa para mostrar que o talento não existe, mas sim, que o sucesso adquirido pelas pessoas vem de um esforço de muitos anos. Segundo o autor, independentemente de terem ou não nascido com algum "talento", todas as pessoas de sucesso realizaram horas e mais horas de treino, trabalho, estudo, entre outras atividades árduas. Dentre os exemplos que o autor cita estão: Tiger Woods, Warren Edward Buffet, Wolfgang Amadeus Mozart entre outras personalidades.

O que chama a atenção para estas pessoas são os anos necessários para alcançar o nível de profissionalismo, independentemente do sucesso ou não. No esporte e na música, por exemplo, observamos que as crianças iniciam entre quatro e seis anos de idade, alcançando o desempenho de um profissional aos 16-17 anos. São dez anos de muita dedicação que as levam a serem "experts" na área em que foram treinadas. Você também leva dez anos para entrar na universidade e mais dez anos para obter um título de doutorado.

Observamos então que o "talento" está muito relacionado à área de conhecimento; esporte, arte, exatas, negócios, humanas, biológicas e filosóficas. E essas áreas estão muito próximas às Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, que segmentou tais inteligências da seguinte forma: físico - cinestésica, intrapessoal, interpessoal, naturalística, lógico-matemática, musical, espacial, existencial e linguística.

Várias pesquisas científicas dessas áreas foram realizadas nas últimas décadas para explicar a inteligência. Por outro lado, os avanços neurocientíficos têm possibilitado cada vez mais aproximar as explicações do sucesso às pesquisas neurofisiológicas. Assim, vejo a importância de colocarmos a questão do talento do ponto de vista das habilidades cognitivas, emocionais e sociais. Por que? Porque tem uma correspondência cerebral, onde no próximo artigo estarei pontuando.

Assim na próxima década, provavelmente vamos observar mudanças significativas no modo de educar as crianças e jovens para um mercado de trabalho cada vez mais baseado nas tecnologias inteligentes e genéticas, apesar das extensas pesquisas de Geoff Colvin e de Howard Gardner. Por outro lado, as crianças de hoje estão recebendo muitos estímulos de diversas naturezas e formas, possibilitando aumentar as suas capacidades cognitivas, emocionais e sociais mais rapidamente do que as crianças de vinte anos atrás. Veremos "gênios" mais frequentemente? Então, se o nosso ensino foi construído baseado em dez anos, talvez tenhamos como construir modelos neuropedogógicos em menos de dez anos para alcançar o sucesso.

"(...) A evidência mostra que, ao entender como alguns poucos se tornaram notáveis, qualquer um pode se tornar melhor. Acima de tudo, o que a evidência grita mais alto são notícias espantosas, libertadoras. O desempenho notável não é reservado a uns poucos predestinados. Está disponível para você e para todos." (Geoff Colvin)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

SAIBA COMO APROVEITAR MELHOR O TEMPO DISPONIVEL PARA A ATIVIDADE FÍSICA

"Quanto tempo você dedica por dia para a atividade física?" Está pergunta foi feita para os internautas em uma enquete levada ao ar no último dia 18. Com quase dois mil votos, a opção "em média, uma hora" liderou as respostas dos participantes. Para saber se este tempo de atividade é o suficiente e como melhor aproveitá-lo, consultamos especialistas em medicina esportiva, que comentaram o resultado da pesquisa.
Uma hora por dia é um tempo satisfatório para a atividade física?
Sim, esse tempo é suficiente para garantir uma boa qualidade de vida e se beneficiar do exercício. No entanto, é preciso avaliar os objetivos pessoais e fazer uma equação para equilibrar três variáveis: a frequência, a duração e a intensidade do exercício. Por exemplo: alguém que esteja se preparando para uma maratona, trabalha no limite da exaustão de sua musculatura, e necessita de um ou dois dias de descanso na semana. Ou então, quem tem como meta fazer um trabalho cardiovascular, precisa se exercitar diariamente. Essa equação também precisa ser revisada à medida em que você conquista condicionamento físico, para que o corpo continue sendo estimulado continuamente.
Qual é o tempo mínimo recomendável de atividade física para sair do sedentarismo?
E para mudar o corpoUm indivíduo totalmente sedentário já se beneficia de alguma forma com cerca de 30 minutos de atividade diária. Já para obter mudanças físicas mais perceptíveis, é preciso pelo menos uma hora. O primeiro passo, para ambos os casos, é passar por uma avaliação médica para verificar se existe algum tipo de alteração cardíaca, peso excessivo, se é possível fazer atividade de alto impacto etc. Feito isso, um preparador físico é o profissional mais indicado para fazer um programa de atividade física de acordo com o seu perfil. Este planejamento personalizado tem mais peso no alcance dos resultados do que apenas o tempo de atividade considerado isoladamente.
Qual é a melhor maneira de dividir esse período de uma hora de atividade física?O ideal é combinar exercícios que envolvam trabalho aeróbico, resistência e alongamento, ao invés de fazer apenas uma atividade isolada buscando um objetivo específico. Em geral, essas atividades podem ser divididas em 30 minutos de trabalho cardiovascular (corrida, bicicleta, natação etc), 15 minutos de exercícios de resistência (como musculação, pilates, yoga) e 15 minutos para um alongamento geral do corpo. Claro que, dependendo da meta pessoal, será dada ênfase em alguma dessas atividades. Por exemplo, para quem quer perder peso, o trabalho aeróbico terá mais ênfase, sem deixar o restante de lado. Dependendo do programa estabelecido, as atividades também podem ser divididas em dias alternados, para possibilitar a recuperação das áreas trabalhadas.
As atividades que faço como lazer entram na contagem de tempo dedicado ao exercício físico?
Elas entram como complementos. Para quem não é atleta, o indicado é fazer o seu condicionamento físico diário, e considerar as demais atividades eventuais como lazer. O futebol ou o vôlei de final de semana, por exemplo, não devem ser considerados como a base da rotina de atividade física, pois feitos eventualmente, expõem o praticante a uma série de lesões e riscos causados pelo esforço excessivo sem condicionamento. Mais da metade dos atendimentos em consultórios de profissionais em medicina esportiva acontece devido a casos de lesão por sobrecarga.
O que pode ser feito quando não há uma hora inteira disponível para a atividade física?
Essa hora inteira pode ser dividida e realizada em dois momentos diferentes do dia. Se não for possível completar o período total, o importante é tentar não pular aquele dia, e fazer o que for possível dentro do tempo disponível - meia hora é melhor do que nada. O maior erro é não conseguir manter uma frequência e tentar recuperar o tempo perdido exagerando no exercício. É melhor fazer menos tempo de atividade, mas com constância. Também ajuda bastante tornar o dia-a-dia mais ativo de uma maneira geral, usando as escadas, estacionando o carro mais distante, fazendo pequenos trajetos a pé para atividades cotidianas etc.
Fonte: UOL Estilo

quarta-feira, 27 de maio de 2009

27/05/2009 - DIA DO DESAFIO

O Dia do Desafio foi criado no Canadá e vem sendo difundido mundialmente pela TAFISA - Trim & Fitness International Sport for All Association, entidade alemã de promoção do esporte para todos.

Com um conceito simples, o evento incentiva cidades dos cinco continentes a promover a prática da atividade física diária, ressaltando a importância do esporte e do lazer para a manutenção da saúde.

Realizado anualmente, sempre na última quarta-feira do mês de maio, o Dia do Desafio propõe que as pessoas interrompam suas atividades rotineiras e pratiquem, qualquer tipo de atividade física.

Nesse dia, cidades do mesmo porte estabelecem uma saudável competição para tentar mobilizar a maior porcentagem de pessoas, em relação ao número oficial de habitantes.

Na verdade, a competição é apenas estímulo à participação. Neste desafio, os grandes vencedores são os cidadãos que, além do corpo, exercitam a integração social, a criatividade, a liderança e o espírito comunitário.

Princípios básicos que orientam a realização do Dia do Desafio :

*Acessibilidade - todos têm a oportunidade de participar, de acordo com seu potencial individual, sem qualquer restrição à idade, condição social, habilidade ou local onde vive.

*Envolvimento - as idéias nascem nas comunidades e todos participam e colaboram com o desenvolvimento da programação. Um desafio à criatividade!

*Diversão - o Dia do Desafio não busca índices esportivos. Fazer da atividade física um momento de diversão é um dos principais objetivos.

*Diversidade - ações individuais ou programas coletivos são opções para quem quer participar. Sempre existe uma atividade adequada à condição e interesse de cada indivíduo.

*Confiabilidade - o cuidado e a honestidade na apuração e divulgação dos resultados garantem a confiança o bom relacionamento entre as cidades.

*Segurança - o Dia do Desafio privilegia a segurança dos participantes, selecionando atividades adequadas aos locais onde se realizam, em especial as que envolvem grandes multidões.

*Benefícios para a comunidade - uma comunidade saudável se forma com indivíduos saudáveis onde prevalece a integração e a cooperação. O Dia do Desafio estimula a formação do espírito de coletividade.

*Benefícios para a saúde - A prática da atividade física diária promove grandes melhorias na condição de saúde. O Dia do Desafio alerta as populações para esta necessidade.
Fonte: CREF